Onde há pessoas, há oportunidade de venda. Desta forma pensam todos os comerciantes ao decorrer da história, e é com esta lógica que se consolida o marketing de conteúdo voltado para espaços online, como as redes sociais.
Sempre que há um grande evento reunindo milhares de pessoas num local específico, reúnem-se também os anúncios de alimentos, bebidas e conveniências em geral, com o estabelecimento de feiras nas circunvizinhanças da festividade.
Esse fenômeno é previsto pela organização do festival, que calcula as dimensões do ambiente em busca da melhor alocação de clientes e comerciantes através da disponibilização de locação de tendas para a venda dos serviços.
Tal comportamento é motivado por duas grandes razões: suprir as necessidades dos indivíduos naquele determinado momento, transformando-os em potenciais clientes e tornar um produto popular, apresentando-o diante de uma audiência maior.
As redes sociais são interfaces online que acumulam bilhões de pessoas em numerosos perfis, nome designado ao cadastro individual dentro da plataforma. A inscrição é gratuita na maior parte das vezes, sendo que o limite de publicações é infinito.
Essas características permitem que enormes volumes de informação sejam gerados todos os dias no que se chamam abreviadamente de “posts”, postagens de textos, imagens e vídeos pelos usuários. Muitas destas redes oferecem também a opção de mensagens privadas.
Destoando da dinâmica que move shows e eventos presenciais, o que une multidões nas redes sociais não é a apresentação de alguém em especial, mas o compartilhamento de material entre os perfis do site ou aplicativo.
Aqueles que utilizam as redes sociais buscam por entretenimento, oportunidades de emprego, notícias do dia, curiosidades e instruções sobre culinária, esportes, saúde, cosméticos, moda, design e outros assuntos.
Sendo assim, é papel do marketing de conteúdo aplicar, de uma maneira moderna e integrada ao contexto das redes sociais, as velhas fórmulas utilizadas pelo comércio no mundo inteiro.
O que é marketing de conteúdo?
O marketing de conteúdo é um segmento do Marketing Digital que opera com o foco na produção de dados para a internet. Esta produção deve se adaptar ao público e à plataforma onde será lançada.
Como parte de um grupo importante do Marketing, a produção de conteúdo para a internet deve seguir um esqueleto de ações que se provaram bem sucedidas empiricamente:
- Construção de uma persona de marca;
- Construção de uma persona de cliente;
- Adequação à proposta da rede social trabalhada;
- Atendimento personalizado ao consumidor final.
Uma postagem deve seguir o princípio da estampa de frases em camisas personalizadas: não pode ser simples demais para perder a capacidade de despertar o interesse, ao passo que não pode ser excessivamente complexa, correndo o risco de afugentar a atenção.
Em outras palavras, a produção de conteúdo para a internet não pode estar em desacordo com a proposta do site ou aplicativo que veicula as publicações.
Espera-se que um site de notícias contenha textos grandes e poucas imagens, por exemplo. O leitor que se dirige a este tipo de espaço espera por este formato de conteúdo e sente frustração ao encontrar outra abordagem.
Para as redes sociais, os grandes blocos de texto nem sempre são a escolha ideal. A quantidade de palavras toleradas por postagem depende de limitações impostas pelos desenvolvedores da plataforma ou o nível de aceitação da audiência.
“Attention span”
Este termo em inglês pode ser traduzido como “capacidade”, “duração” da atenção de um ser humano. Muitos são os estudos analisando o impacto das mídias sociais na maneira como as pessoas percebem o mundo na era pós-industrial.
O principal aspecto desta mudança diz respeito ao intenso volume de informações liberadas ao cérebro humano diariamente.
O processamento de dados não é uma questão recente para a espécie humana. O desenvolvimento do sistema nervoso passa por sucessivos desafios em otimizar a análise de impulsos visuais, sonoros e táteis, de forma a economizar energia e ganhar performance.
Tais desafios permitiram que o cérebro se transformasse neste potente processador, tornando mais fácil a percepção do ambiente e das coisas. O relacionamento com a realidade virtual se configura em seu novo obstáculo.
Como uma empresa de engenharia elétrica, a atenção humana trabalha para direcionar e calibrar a coleta, armazenamento e tratamento de informações na forma de impulsos elétricos. O contato com as mídias sociais, segundo estudos, provocou uma sobrecarga.
Esta sobrecarga foi gerenciada com a redução da capacidade de atenção, isto é, os humanos despendem menos tempo lendo um texto ou concentrado numa tarefa.
Alguns estudos estimam que o “attention span” das pessoas se reduziu ao patamar de oito segundos desde o advento das redes sociais. Para o marketing de conteúdo, isso significa menos tempo disponível numa tentativa de captação de um potencial cliente.
Observando esta mudança, muitas redes sociais modificam suas diretrizes para incentivar a produção de material mais compacto, de rápida assimilação. A atenção humana se mostra como um disjuntor motor, que liga ou desliga a função de foco.
Esta então se tornou a base para o marketing de conteúdo nas redes sociais, diferindo-o de qualquer outra interface virtual.
Aplicação do marketing de conteúdo nas redes
Sabendo destas particularidades, o marketing de conteúdo mescla elementos de diferentes áreas do conhecimento e aplica-os levando em consideração a cada formato de mídia social.
O primeiro passo para a produção de conteúdo relevante nas redes sociais consiste em estabelecer objetivos claros para a presença virtual de uma marca, instituição ou pessoa. É imprescindível definir a finalidade do perfil.
Não menos fundamental é traçar um plano de postagens que seja coerente. Planejar publicações com antecedência elimina as chances de um feed desorganizado, onde a arte e conteúdo não conversam entre si.
Se o perfil de uma empresa disponibiliza o serviço de instalação de barreira acústica em apartamentos, a produção de conteúdo deve focar em temas que despertem o interesse pelo produto; postagens sobre os materiais utilizados e o funcionamento são bem-vindos.
Essas duas etapas atuam sobre a construção de identidade de uma marca ou empresa. São essenciais para empreendimentos que exibem uma ou mais marcas atreladas à mesma instituição, oferecendo produtos distintos.
Identidade de marca se trata da formação de um personagem que emule características humanas. Este personagem se torna, então, a voz pública, podendo ganhar um rosto através de um avatar ou logotipo.
Algumas empresas se empenham em alcançar novos níveis de persona, tornando-a multifacetada e mais próxima da realidade da audiência. Assim, a persona de uma marca pode ganhar nomes, gênero e uma personalidade visível na interação com o público.
Esta estratégia visa principalmente aumentar a taxa de engajamento das publicações, instigando a produção de conteúdo por usuários através de comentários e discussões na página, como um debate por soluções administração condominial.
Como face de uma moeda, a construção de persona de marca depende da construção de uma persona de cliente, realizada com base na análise demográfica dos clientes e usuários que convertem para uma empresa, representando a outra face desta moeda.
O personagem da empresa deve dialogar com a audiência, de forma a conquistar sua simpatia. A empresa deve se perguntar qual o tipo de amigo ideal do seu cliente, afinal, é mais fácil aceitar as sugestões de quem se gosta.
Grande parte das ferramentas utilizadas para analisar o comportamento, as características e os interesses de um público-alvo são também virtuais, gratuitas e de simples uso. Seu diagnóstico atua como uma termografia eletrica, encontrando focos de procura intensa.
As técnicas de SEO (Search Engine Optimization) que consistem no rastreio de palavras-chave procuradas nos motores de busca, podem ser aplicadas por pequenos e médios empresários como termômetro dos assuntos mais comentados.
O uso de imagens, vídeos e textos seguindo uma proposta que envolva a escolha da paleta de cores, o design das letras e a temperatura e estilo das fotografias devem fazer parte do planejamento de postagens.
Analisar o alcance das publicações através das informações oferecidas pela plataforma e recolhidas de outros sites, aplicativos especializados e empresa de calibração é uma maneira gratuita de monitorar o sucesso da abordagem, corrigindo possíveis erros.
Conclusão
O marketing de conteúdo nasce da oportunidade criada por duas novas demandas despertadas pelo uso escalonado das redes sociais: a demanda por informações mais detalhadas sobre os produtos e serviços consumidos, seus processos e materiais.
A demanda por formas simplificadas de compra, onde a rede social se torna um espaço para entretenimento e resolução de problemas. Empresas e profissionais independentes encontram neste mercado global uma chance única de crescimento.
As redes sociais carregam, sobretudo, a missão de aproximar pessoas anteriormente separadas por barreiras geográficas e sociais. É a representação máxima do mundo pós-industrial, tão vasto e ao mesmo tempo, tão pequeno.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.